Cessna 175 – Guia completo

Quando falamos de Cessna 175, um avião leve de quatro lugares criado nos anos 1950 para treinamento e turismo. Também conhecido como Skylark, ele ainda aparece em escolas de aviação e clubes de voo ao redor do mundo. Ele faz parte da aviação geral, segmento que engloba operações civis não comerciais e depende de um motor a pistão, geralmente um Continental O‑300 de 145 hp. Em termos simples, o Cessna 175 engloba treinamento de pilotos, exige motor a pistão e recebe apoio da aviação geral.

Características técnicas do Cessna 175

O Skylark tem envergadura de 10,5 metros, comprimento de 7,7 metros e peso máximo de decolagem perto de 1.200 kg. Sua velocidade de cruzeiro gira em torno de 200 km/h, e o alcance típico chega a 1.200 km com reserva. O cockpit abriga instrumentos básicos de navegação, mas versões mais recentes podem incluir GPS e transponder. O design monobloco de alumínio fornece rigidez e facilita a manutenção, um ponto crucial para operadores de pequeno porte.

Do ponto de vista de desempenho, o Cessna 175 possui taxa de subida de aproximadamente 5 m/s e capacidade de operar em pistas curtas. Isso o torna ideal para escolas de voo que precisam de aeronaves versáteis, capazes de pousar em aeroportos regionais com pistas não pavimentadas. Além disso, o consumo de combustível fica em torno de 30 litros por hora, o que mantém os custos operacionais bem baixos para quem quer voar regularmente.

Um outro detalhe que merece atenção é a confiabilidade do motor a pistão. O Continental O‑300, padrão na maioria das unidades, tem reputação de durabilidade quando bem mantido. Revisões regulares, troca de óleo a cada 50 horas e inspeções de bocal de admissão garantem vida útil longa. Essa confiabilidade reduz a taxa de incidentes e permite que escolas de voo mantenham alta disponibilidade da frota.

Em termos de custo, a aquisição de um Cessna 175 usado pode variar entre US$ 80 mil e US$ 150 mil, dependendo do estado e das horas de voo. O seguro anual costuma ficar entre US$ 1.500 e US$ 2.500. Quando somados a despesas de hangar, combustível e manutenção, o custo total de operação anual para um voo de treinamento fica em torno de US$ 15 mil a US$ 20 mil, números ainda acessíveis comparados a aeronaves de maior porte.

Para quem está pensando em iniciar a carreira de piloto, o Cessna 175 oferece um ambiente de aprendizado equilibrado. A resposta dos controles é suave, a potência suficiente para manobras básicas e avançadas, e a visibilidade do cockpit favorece a prática de procedimentos de navegação visual (VFR). Muitas escolas de aviação ainda utilizam o Skylark como plataforma de preparação para licenças de piloto privado (PPA) e até para avançados, como voo por instrumentos (IFR), quando equipado adequadamente.

Já para clubes de voo recreativo, o Cessna 175 serve como um “café com asas”. Ele permite viagens curtas entre cidades próximas, passeios panorâmicos e até o transporte de pequenas cargas. Seu interior confortável, com assentos acolchoados e boa ergonomia, garante que voos de duas a três horas sejam agradáveis para passageiros que não são pilotos.

Em resumo, o Cessna 175 combina simplicidade, confiabilidade e baixo custo, características que o mantêm relevante décadas após seu lançamento. Nos próximos artigos, você encontrará análises detalhadas de manutenção, comparações com modelos concorrentes como o Piper PA‑28, e relatos de pilotos que usam o Skylark no dia a dia. Continue a leitura para descobrir como tirar o máximo proveito dessa máquina clássica da aviação geral.