Na última sexta‑feira, um barco de lazer acabou entrando na faixa de banho da praia de Beira‑Mar e provocou pânico entre os banhistas. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e levantou dúvidas sobre quem responde por esse tipo de acidente e como a gente pode se proteger.
Segundo testemunhas, a embarcação, com cerca de 8 metros de comprimento, estava em alta velocidade quando o motorista perdeu o controle em uma manobra de embarque. O barco atravessou a linha que delimita a zona de nado, quase atingindo duas crianças que estavam jogando bola. Felizmente ninguém ficou ferido, mas o susto foi grande.
Autoridades da guarda costeira chegaram rapidamente, bloquearam a área e registraram um boletim de ocorrência. Eles ainda estão verificando se o capitão tinha licença válida, se o barco estava com documentação em dia e se havia falha nos equipamentos de segurança.
Se você estava na praia quando o incidente aconteceu, tem direito a receber informações claras sobre o que foi feito, inclusive o número do processo e quem está respondendo. Caso tenha sofrido algum dano – física, psicológica ou até mesmo perda de itens pessoais – pode acionar a responsabilidade civil do proprietário do barco.
A legislação náutica brasileira (Lei nº 9.537/97) estabelece que o capitão é responsável por garantir a segurança da navegação, respeitando a sinalização e as áreas proibidas. Quando há negligência, o dano pode ser cobrado na justiça, e a indenização inclui despesas médicas, lucro cessante e danos morais.
Para quem quer agir rapidamente, o caminho mais prático é registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou diretamente na unidade da guarda costeira. Depois, procure um advogado especializado em direito marítimo ou civil para analisar o caso e abrir a ação, se for necessário.
Além de buscar reparação, é válido exigir que a administração municipal melhore a sinalização da zona de banho, instalando boias e avisos mais visíveis. Essa medida preventiva ajuda a evitar novos incidentes.
Se a situação não gerou danos físicos, mas você ficou inseguro, pode solicitar à prefeitura uma inspeção da área e a revisão das normas de circulação de embarcações. Muitas vezes, a comunidade local consegue pressionar as autoridades a criar zonas de exclusão mais rígidas.
Em resumo, fique atento ao que acontece ao seu redor, anote nomes, números de placa e, se possível, tire fotos ou grave vídeos. Essas provas facilitam a comprovação de culpa e agilizam o trâmite judicial.
O incidente com o barco na praia de Beira‑Mar mostra como a falta de atenção no mar pode gerar consequências graves para quem só quer curtir um dia de sol. Conhecer seus direitos e agir logo após o acontecimento faz toda a diferença.
Se precisar de orientação jurídica, procure um profissional que entenda de responsabilidade civil e legislação náutica. Uma boa assessoria pode garantir que você receba a indenização justa e que medidas preventivas sejam adotadas para que situações como essa não se repitam.
Um barco entrou na área demarcada para banho na Praia do Flamengo, no Rio, em 23 de agosto de 2025, e foi vaiado por banhistas. O episódio, destacado por O Globo e Extra, reacendeu o debate sobre segurança no mar e respeito às regras de navegação na Baía de Guanabara. Autoridades podem investigar a infração.