Se você já ouviu falar de homofobia, provavelmente tem uma ideia vaga do que significa. Em termos simples, é o preconceito contra pessoas LGBTQIA+, que se manifesta em palavras, atitudes e até em leis. Esse tipo de discriminação afeta a vida cotidiana, gera medo e pode levar a violência. Entender o problema é o primeiro passo para mudar a realidade.
Grande parte da resistência vem de crenças culturais e religiosas que associam a heterossexualidade ao “normal”. Quando a sociedade reforça esses estereótipos, quem se identifica fora desse padrão acaba marginalizado. Além disso, a falta de informação e a influência de discursos de ódio nas redes ampliam o medo e a intolerância. Não é só questão de opinião; é também de poder – quem controla o discurso muitas vezes decide quem tem direito a ser respeitado.
Desde a decisão do STF em 2019, a homofobia passou a ser considerada crime de racismo, o que traz penas mais severas. O Código Penal inclui agressões físicas, ameaças e difamação como infrações passíveis de prisão. Também existem leis estaduais que garantem direitos em áreas como saúde, educação e trabalho. Se você ou alguém que conhece sofre discriminação, pode denunciar na delegacia ou na OAB, que oferece apoio jurídico.
Mas a lei só funciona quando a gente a usa. Guardar silêncio não ajuda ninguém. Se presenciar um comentário homofóbico, registre a situação, anote o que foi dito e procure órgãos de defesa dos direitos humanos. Muitas cidades têm centros de acolhimento que oferecem orientação psicológica e jurídica.
Para quem quer fazer a diferença, pequenas atitudes contam. Apoiar eventos LGBTQIA+, compartilhar informações corretas nas redes e questionar piadas que reforçam preconceitos são gestos que criam um ambiente mais seguro. Também vale conversar com familiares e amigos, especialmente se você percebe que alguém mantém ideias preconcebidas.
Se você é estudante, procure grupos de apoio na sua escola ou universidade. Muitas instituições têm núcleos de diversidade que organizam palestras e workshops. Esses espaços ajudam a desmistificar a homofobia e a construir empatia entre os alunos.
Empresas podem fazer muito mais do que publicar um selo de inclusão. Investir em treinamentos de diversidade, criar políticas contra assédio e garantir que processos seletivos sejam imparciais são ações que realmente mudam o clima interno. Quando a liderança demonstra apoio, o resto da equipe costuma seguir o exemplo.
O combate à homofobia exige esforço coletivo. Cada um tem um papel, seja denunciando, apoiando ou simplesmente não aceitando comportamentos discriminatórios. Lembre‑se: mudar a cultura leva tempo, mas passos pequenos e consistentes constroem um futuro onde todos podem viver sem medo.
Tadeu Schmidt, conhecido apresentador da TV brasileira, manifestou apoio à sua filha de 22 anos, Valentina, que é queer. Em entrevista à Quem, Schmidt destacou que ser queer não é um problema, mas sim a infidelidade em relacionamentos. Ele reconheceu comentários homofóbicos anteriores e agradeceu à família por ajudá-lo a evitar pensamentos e linguagens problemáticas.