Papa Francisco visita terra natal de Padre Pio no 50.º aniversário da sua morte

Papa Francisco visita terra natal de Padre Pio no 50.º aniversário da sua morte

Um itinerário marcado pela memória e pela compaixão

Antes do amanhecer, Papa Francisco deixou o Vaticano em helicóptero e, em cerca de uma hora, já pousava na pequena cidade de Pietrelcina, onde nasceu Padre Pio em 1887. Recebido pelo arcebispo Felice Accrocca e pelo prefeito Domenico Masone, o pontífice dirigiu‑se imediatamente à Capela de São Francisco, lar do famoso "álamo das estigmas" – a árvore onde o capuchinho recebeu as marcas da crucificação.

Em um momento de silêncio reverente, o Papa fez uma breve prece, lembrando que a força de Padre Pio vinha da oração constante e da confiança inabalável em Deus. Logo depois, na praça diante da Sala Litúrgica de Piana Romana, ele se dirigiu aos fiéis reunidos, lembrando que o santo enfrentou tempos difíceis mas jamais abandonou a Igreja nem o seu povo.

Francisco destacou que a unidade é essencial: "Uma cidade que vive de brigas não cresce; ao contrário, afasta as pessoas." Ele aproveitou para comentar a falta de empregos na região, pedindo que todos rezem à Nossa Senhora da Libera por oportunidades e que se valorize o idoso da comunidade.

De Pietrelcina a San Giovanni Rotondo: o encontro com a medicina e a esperança

De Pietrelcina a San Giovanni Rotondo: o encontro com a medicina e a esperança

Depois de deixar Pietrelcina, o Papa chegou a San Giovanni Rotondo por volta das 9h00. O ponto alto da visita foi a entrada na ala pediátrica oncológica do Hospital Casa Sollievo della Sofferenza, fundado por Padre Pio em 1956 para aliviar o sofrimento dos doentes. Segundo o diretor de comunicação, Giulio Siena, o desejo de Francisco era estar próximo das crianças que lutam contra tumores, leucemia e outras doenças graves.

Com a típica carícia papal, ele abraçou, beijou a testa e segurou as mãos de pequenos pacientes, emocionando pais, enfermeiros e voluntários. Cada gesto reforçava a mensagem de que os mais vulneráveis merecem atenção e amor concreto, não apenas palavras.

Após percorrer a enfermaria, o Santo Padre se dirigiu ao túmulo de Padre Pio, onde fez incenso e orou, pedindo que o exemplo de santidade do capuchinho inspire a todos a viver as Bem‑Aventuranças e praticar as obras de misericórdia.

Ao longo do dia, o Papa reiterou a importância de preservar o legado de Padre Pio como um tesouro espiritual: fé simples, serviço ao próximo e total lealdade à Igreja. Ele conclamou os presentes a buscar a intercessão da Virgem Maria, conhecida localmente como Madonna della Libera, para que o caminho da santidade seja trilhado com alegria e solidariedade.

Renato Calcagno
Renato Calcagno

Sou um jornalista especializado em notícias diárias, sempre buscando as histórias mais recentes e interessantes sobre o Brasil. Gosto de escrever sobre os eventos que impactam o dia a dia dos brasileiros. Minha paixão é informar e manter o público atualizado.

18 Comentários

  1. Júlio Câmara

    Que emoção ver o Papa em Pietrelcina! Aquela árvore onde Padre Pio recebeu os estigmas... meu Deus, dá até arrepios! Tava na frente da TV com os olhos molhados, sério. E quando ele abraçou as crianças no hospital? Isso aqui é que é fé com ação, não aquela religião de postagem no Instagram.

    Quem não chorou vendo ele segurando a mão daquela menina com leucemia? Isso aqui é o que a Igreja deveria ser sempre: perto do sofrimento, não no palanque.

  2. Danilo Ferriera

    Padre Pio era um homem de oração. Não de milagres. A gente esquece isso. Ele não curava, ele rezava. E quem rezava com ele, curava por dentro.

    O Papa entendeu. Ele não foi lá para fazer show. Foi lá para lembrar que santidade é simples: acolher, escutar, não julgar.

  3. Alexandre Nunes

    Claro que o Papa foi lá... mas será que ninguém percebeu que isso é tudo uma encenação da Vaticano? Padre Pio foi manipulado pela Igreja pra controlar os fiéis. A árvore? Provavelmente foi plantada depois. E esse hospital? Dinheiro da CIA disfarçado de caridade.

    Se fosse verdade, por que os médicos da região nunca falam disso? Por que os jornais locais não cobrem? Porque é tudo fachada.

  4. Luciano Oliveira Daniel

    Olha, eu fui em San Giovanni Rotondo em 2018. A atmosfera lá é outra coisa. Não é só religião, é comunidade. As pessoas ainda colocam flores no túmulo de manhã cedo. Tem velhinhas que vão todos os dias, mesmo com dor nas pernas.

    E o Papa? Ele não veio pra fazer discurso. Ele veio pra ouvir. Vi um vídeo dele parado no corredor da enfermaria, só olhando as crianças. Nenhum fotógrafo, nenhum assistente. Só ele e o silêncio.

    Isso é o que falta no mundo hoje: presença. Não performance. Ele mostrou que o sagrado não tá no altar, tá no olhar que acolhe.

  5. Francis Li

    Interessante a hermenêutica da visita papal como uma performática de memória litúrgica, recontextualizando o corpus hagiográfico de Padre Pio dentro da economia simbólica da misericórdia pós-conciliar.

    A escolha de Pietrelcina como locus sacralis não é acidental - é uma reafirmação da teologia da periferia, onde o corpo do sofredor se torna teofania. A ala pediátrica, por sua vez, opera como um novo Calvário, deslocando o sacrifício do altar para a cama hospitalar.

    Padre Pio, enquanto figura paradigmática da dor redentora, é aqui ressignificado como símbolo de resistência espiritual contra a biopolítica da indiferença.

  6. Willian Wendos

    Às vezes acho que a gente confunde santidade com perfeição. Padre Pio era um homem que sofria. Tinha dor, dúvidas, noites sem dormir. Mas ele não fugiu. Ficou. Rezou. Acolheu.

    O Papa não foi lá pra canonizar um herói. Foi pra lembrar que a santidade não é algo de outro mundo. É o que a gente faz quando não tem forças, mas ainda assim escolhe ser gentil.

  7. Mauro Cabral

    Claro, o Papa foi lá. Tudo muito bonitinho. Mas e o dinheiro que o Vaticano fez com as peregrinações? E as vendas de medalhas? E os pacotes turísticos "Santo Padre Pio Experience"?

    Que bonito, né? Mas o que o Papa fez por essas crianças depois de sair do hospital? Nada. Ele foi lá, tirou foto, e voltou pro Vaticano. Ainda assim, todo mundo fala que ele é "humilde".

    É tudo marketing, meu amigo. E vocês estão caindo de boca.

  8. Pedro Cardoso

    Vi o vídeo da visita ao hospital. Uma enfermeira contou que depois que o Papa passou, as crianças começaram a sorrir de verdade. Algumas que não falavam há semanas, falaram "obrigado".

    Não é milagre. É humanidade. É o que acontece quando alguém se importa de verdade.

    Padre Pio ensinou isso. O Papa lembrou. A gente precisa lembrar também.

  9. Yael -

    Eu chorei. Sério, chorei. Quando ele beijou a testa da menina com cabelo caído por causa da quimio... eu parei de respirar. E aí, a mãe dele, que tava atrás, segurou a mão da enfermeira e só chorou... sem som. Foi o momento mais lindo que eu vi em anos.

    Padre Pio não era um super-homem. Ele era um homem que sofria e ainda assim dava o que tinha. E o Papa? Ele foi lá e deu o que ele tem de mais valioso: presença. E isso, isso é mais poderoso que qualquer discurso.

    Por favor, não esqueçam disso. Não esqueçam que o sagrado tá no gesto, não no altar.

  10. Preta Petit

    tem gente q acha q o papa é santo mas ele é so um velho q fala mt e nao faz nada... e padroe pio? ele era louco msm... as estigmas era farsa... eu vi um video q ele botava sangue no braço com uma agulha... e o vaticano esconde isso... e o hospital? tudo dinheiro de ricaço...

  11. Heitor Melo

    Na minha cidade tem uma velhinha que vai todo dia à capela do bairro. Ela não tem dinheiro, mas leva flores. Diz que é pra Padre Pio. Eu perguntei uma vez por quê. Ela disse: "Porque ele me ensinou que dor não é castigo. É chamado."

    O Papa foi lá lembrar disso. E eu acho que ele acertou.

  12. VICTOR muniz

    Brasil tá virando um museu de padre. Enquanto isso, os jovens estão sem emprego, sem futuro, e o governo só fala em festa religiosa. Padre Pio era bom, mas isso aqui é desvio de prioridade. O que o povo precisa é de comida, não de bênção.

    Se o Papa quiser ser útil, que venha aqui e peça pra acabar com a corrupção. Não que fique ali beijando criança e tirando foto com árvore.

  13. Camila Undurraga

    As crianças do hospital não precisam de papas. Precisam de médicos. De remédios. De estrutura.

    Um abraço não cura leucemia. Mas um sistema de saúde decente, sim.

    Padre Pio fez o que pôde. Mas não podemos mais confiar só na bondade individual. Precisamos de justiça social.

  14. gabriel miranda da silva

    mano, eu fui em pietrelcina ano passado. a cidade é pequena, mas tem um clima... tipo, você sente que o tempo parou. as pessoas falam baixo. os velhos sentam na frente da capela e não falam nada, só olham pro céu.

    e a árvore? é uma merda, na verdade. tipo, uma árvore comum. mas o que tá ali não é a árvore. é o que as pessoas colocam nela.

    o papa foi lá pra lembrar que o sagrado tá no que a gente sente, não no que a gente vê.

  15. Bruno Bê

    Que espectáculo religioso. Mais um ritual de adoração ao passado. Padre Pio foi um homem de sua época. Hoje, em pleno século XXI, precisamos de líderes que enfrentem a realidade, não que se ajoelhem diante de lendas.

    As crianças do hospital merecem mais que um beijo. Precisam de políticas públicas. De investimento. De coragem.

    Enquanto o Papa celebra o passado, os jovens brasileiros morrem de fome. Onde está a justiça nisso?

  16. Gustavo Candelária

    Brasil é o país do padre. Tudo vira santidade. Enquanto isso, o governo não faz nada. Padre Pio era bom, mas o povo tá morrendo de fome. O Papa deveria falar disso, não ficar beijando criança.

  17. Felipe Fragoso

    Eu tava no hospital quando ele chegou. Não tinha câmera, ninguém gritando. Só silêncio. E quando ele se aproximou da menina de 5 anos, ela olhou nos olhos dele... e sorriu. Aí ele disse: "Você é mais forte do que eu."

    Isso não tá em nenhum jornal. Mas tá no coração de quem viu.

    Padre Pio não era um milagre. Ele era um homem que escolheu não desistir. E o Papa? Ele foi lá pra lembrar que a gente também pode escolher isso.

  18. Vanessa Laframboise

    Todo mundo fala em milagre. Mas ninguém fala da dor. Padre Pio passou 50 anos com dor física, social, espiritual. E mesmo assim, ele abriu as portas do hospital. Ele não esperou o mundo ser perfeito. Ele começou onde estava.

    O Papa não veio pra celebrar um santo. Ele veio pra dizer: "Você também pode. Mesmo com medo. Mesmo sem força. Mesmo cansado."

    Isso é o que realmente importa. Não o que a gente vê. O que a gente sente.

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