Lula aponta governo Bolsonaro como origem da fraude do INSS
Pouca gente imaginava que o rombo bilionário do INSS, estimado em R$6,3 bilhões, teria raízes diretas apontadas pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Antes de embarcar de Moscou, Lula não poupou palavras: colocou no colo do governo Bolsonaro, a partir de 2019, a criação do esquema de fraudes que terminou atingindo milhares de beneficiários da Previdência.
De acordo com Lula, a fraude não surgiu do nada. Segundo ele, o Ministério da Previdência Social e a Casa Civil da época facilitaram, se não criaram, o ambiente perfeito para a quadrilha atuar. O presidente quer distância das velhas práticas políticas: prometeu que todos que perderam dinheiro vão receber de volta cada centavo. E não é promessa ao vento. A Advocacia-Geral da União (AGU) já bloqueou bens de envolvidos — pessoas físicas e jurídicas com patrimônio agora à disposição para ressarcir as vítimas.

Investigação silenciosa e tensão política
Lula aposta tudo numa apuração meticulosa. Nada de manchetes espalhafatosas ou pressa em mostrar serviço. As investigações correm nas mãos da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF), com escuta e mapeamento de toda a rede envolvida. Lula explicou: só vai falar quando tiver provas e nomes. O alerta foi claro — as entidades sérias do INSS seguem intocáveis, mas as pseudoconsultorias e atravessadores que participaram da fraude do INSS vão enfrentar a Justiça.
O esquema era sofisticado. Grupos faziam descontos não autorizados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas, usando dados pessoais e sistemas de pagamento. O estrago foi grande o suficiente para derrubar o então Ministro da Previdência, Carlos Lupi. Para piorar, a crise arranhou as relações entre Lula e o PDT, partido do ex-ministro — deixando claro que a pressão por respostas rápidas não vinha só da oposição, mas também de aliados históricos.
E a oposição não dá trégua: parlamentares pressionam o governo pelo atraso nos ressarcimentos, criticando cada demora na devolução do dinheiro. Lula, porém, mantém o discurso: velocidade sem apuração só interessa a quem quer desviar a atenção dos reais culpados. Os processos, ele garante, precisam ser sólidos para que não sobre dúvidas — e, principalmente, para que os verdadeiros responsáveis paguem.
Enquanto isso, aposentados aguardam ansiosamente a solução. Afinal, a promessa feita diretamente por Lula é de ressarcimento total com o que for recuperado dos bens bloqueados. Entre tensão política, disputas públicas e investigação sigilosa, o escândalo da fraude do INSS promete mexer por muito tempo com os bastidores de Brasília.
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