Girona é devastado por Levante com duas expulsões e sai com nove jogadores

Um primeiro tempo marcado por agressividade e dois cartões vermelhos

O Girona entrou em campo contra o Levante ainda lidando com as dores de um início de temporada irregular. Já na primeira metade da partida, o técnico belga tentou impor um ritmo defensivo, mas acabou pagando o preço da indisciplina. Axel Witsol, volante experiente, recebeu duas advertências antes dos 30 minutos e viu o vermelho caindo, reduzindo a equipe para dez homens.

O clima só piorou depois do intervalo. Vitor Reis, recém‑chegado do Palmeiras, tentou recuperar a zona de marcação, mas cometeu uma falta violenta sobre Carlos Álvarez, que acabara de ganhar um escanteio na área adversária. O árbitro não hesitou: cartão vermelho direto, e o Girona ficou com apenas nove atletas por quase toda a segunda etapa.

Consequências imediatas e o panorama para a temporada

Com duas ausências, o Girona viu a estratégia desmoronar. Levante, que já vinha pressionando, aproveitou a vantagem numérica e abriu o placar com Etta Eyong dois minutos antes do intervalo. O gol trouxe mais confiança ao conjunto visitante, que passou a explorar os espaços deixados pelos laterais gironinos.

Na segunda metade, a desorganização foi total. O Girona, sem poder trocar de posição nem recuar para proteger a defesa, acabou sofrendo mais gols. Os jogadores pareciam desanimados, como se a decisão já estivesse tomada pelo número de jogadores.

Além do resultado, a partida levanta dúvidas sobre a preparação tática da comissão técnica. Dois cartões vermelhos em menos de 45 minutos sugerem falta de disciplina e talvez um plano de jogo que não considerou a necessidade de manter a compostura.

Para o Levante, a vitória reforça a confiança em uma campanha que até então era considerada de médio risco. Já o Girona tem um trabalho árduo pela frente: reavaliar a postura dos jogadores em campo, rever o posicionamento de veteranos como Witsol e encontrar uma maneira de integrar Vitor Reis ao elenco sem perder o controle emocional.

Os próximos jogos serão decisivos. Se o Girona não conseguir ajustar a disciplina e a coerência tática, o risco de mais derrotas pesadas aumenta. Por outro lado, se a diretoria agir rápido, ainda dá tempo de mudar a narrativa da temporada antes que ela se torne uma luta constante contra o rebaixamento.