Quando Débora Bloch, atriz incorporou Odete Roitman no remake de Vale Tudo, exibido pela Globo na segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, o público foi arrebatado por uma cena que faturou 29,97 pontos de média em São Paulo. O acontecido, considerado o pico de audiência dos últimos 626 dias, reacendeu o famoso mistério de "quem matou Odete Roitman?" que marcou a versão original de 1988.
Contexto da novela e recorde de audiência
Na madrugada de 6 de outubro, a novela ocupou a faixa de 21h30 às 22h38, alcançando um share de 46,92 % – quase metade das TVs ligadas no horário. Em números reais, cada ponto na Grande São Paulo corresponde a 77.488 domicílios e 199.313 indivíduos, o que significa quase 6 milhões de pessoas sintonizadas naquele instante.
O último programa a superar essa marca fora o final de Terra e Paixão, em 19 de janeiro 2024, que chegou a 31,8 pontos. Nas demais capitais, o episódio chegou a 38 pontos no Rio de Janeiro, evidenciando uma aceitação nacional.
O duelo direto com o streaming foi apertado: o serviço ficou em segundo lugar com 13,56 pontos, enquanto a Record, com A Vida de Jó e Reis, marcou 4,44 pontos. TV por assinatura e SBT completaram a disputa, mas nenhum se aproximou da hegemonia da Globo.
Detalhes da cena e pistas de uma possível farsa
O suspense se intensificou quando Luis Lobianco, que interpreta o ambíguo Freitas, recebeu Odete ao lado da porta da suíte do Copacabana Palace. Antes de partir para o exterior, a vilã despediu‑se dos funcionários da TCA, inclusive de Alexandre Nero (Marco Aurélio), apontado como principal suspeito.
Durante a conversa, Odete exibiu um sorriso largo, quase escancarado, e repetiu o mantra "conta comigo para tudo" do próprio Freitas. Analistas da trama apontam que esse comportamento pode indicar uma preparação para uma fuga cuidadosa, ao invés de uma aceitação trágica da morte.
Outro indício curioso surge no velório, programado para o capítulo de 8 de outubro: o caixão será exibido fechado, algo incomum nas novelas brasileiras, onde o corpo costuma ser revelado. Esse recurso visual pode ser uma pista sutil de que a personagem simulou sua própria morte para escapar dos inimigos e das dívidas.
Um detalhe visual reforça a teoria da encenação: ao ser baleada, já se vê um disparo na parede da suíte, sugerindo que a arma foi disparada previamente, possivelmente para criar um álibi crível.

Reações do público e das redes sociais
Nas primeiras 24 horas, as hashtags #Quem matou Odete e #OdeteViva dominaram o Twitter e o Instagram, acumulando mais de 1,2 milhão de menções combinadas. Fãs antigos da versão de 1988, que eternizou a vilã nas mãos de Beatriz Segall, compararam a nova trama com o clássico "o morre, porém volta" das telenovelas dos anos 80.
Grupos de discussão no Reddit criaram timelines detalhados, apontando conexões entre o diálogo final de Odete e cenas anteriores que sugeriam um plano de fuga internacional. Já em fóruns de fãs, surgiram teorias de que a personagem reapareceria ao lado de Cauã Reymond, que interpreta César, em um final paradójico de amor e fortuna.
Análises de críticos e possíveis desfechos
Jornalista de TV Carla Mello, da Folha de S.Paulo, destacou que "a escrita de Manuela Dias, diretora do remake, utiliza o suspense clássico como ferramenta de retenção de público, mas ainda assim entrega pistas concretas para quem acompanha a trama a olho nu".
Especialistas em narrativa televisiva, como o professor Júlio Torres da USP, explicam que a inoculação de dúvidas sobre a morte de um vilão é estratégia recorrente para prolongar o fechamento emocional do telespectador, permitindo que a história abra espaço para "redenção" ou "vingança" nos últimos capítulos.
Se Odete realmente sobreviver, o roteiro deverá explorar duas linhas contrárias: por um lado, um final feliz no exterior, ao lado de César ou de um novo amante; por outro, uma eventual prisão internacional que traga justiça ao público que tanto a odiou.

Impacto no panorama da TV brasileira
O sucesso torrencial do episódio reforça a relevância das novelas das nove como ainda‑mais potente fábrica de audiência frente ao streaming. A Globo, ao apostar em referências nostálgicas, demonstra que o público ainda valoriza narrativas de longa duração, ao contrário da tendência de consumo fragmentado.
Além disso, a disputa de ratings evidencia uma mudança de comportamento: embora o streaming tenha avançado, ainda há espaço para eventos televisivos que criem "watercooler moments" – momentos de conversação coletiva que movimentam redes sociais e aumentam a presença de anunciantes.
Com o desenrolar dos capítulos finais, o caso de Odete Roitman poderá se tornar estudo‑caso em cursos de comunicação, ilustrando como suspense, nostalgia e estratégia de audiência se entrelaçam na produção de conteúdo de massa.
Perguntas Frequentes
Por que a morte de Odete Roitman gerou tanto debate?
A personagem marcou gerações desde 1988, e sua morte simboliza o ponto alto de um mistério que ficou sem solução. No remake, a forma como a cena foi filmada – com o caixão fechado e sinais de encenação – alimentou teorias nas redes sociais, transformando o episódio em assunto nacional.
Quais são os indicativos de que Odete pode estar viva?
Analistas apontam o sorriso amplo antes do tiroteio, a frase recorrente de Freitas e o velório com caixão fechado como sinais de uma farsa. Além disso, o disparo já visível na parede da suíte sugere que a arma foi usada antes da suposta morte.
Como a novela se saiu em comparação com o streaming?
Mesmo com o crescimento das plataformas digitais, Vale Tudo alcançou 29,97 pontos em São Paulo, enquanto o principal serviço de streaming ficou em 13,56 pontos. Isso demonstra que eventos ao vivo ainda podem superar a concorrência on‑demand.
Qual pode ser o desfecho para Odete Roitman?
Existem duas linhas prováveis: um final feliz no exterior, possivelmente ao lado de César (Cauã Reymond), ou uma prisão internacional que traga justiça ao público. A escolha dependerá da estratégia da direção de Manuela Dias.
O que a audiência desse episódio indica para o futuro das novelas?
O recorde reforça que narrativas com suspense e referências culturais ainda atraem grandes públicos. As emissoras podem investir mais em tramas que gerem "momento água‑refresco", combinando nostalgia com inovações de roteiro para manter a relevância frente ao streaming.
Que momento épico! A audiência disparou e a Odete voltou com tudo. A energia da trama tá bombando e a gente sente o gosto da nostalgia misturado com adrenalina. Viva a TV ao vivo!