Na noite de domingo, 22 de junho de 2025, o Oklahoma City Thunder entrou para a história ao derrotar o Indiana Pacers por 103-91 no Paycom Center, em Oklahoma City, e conquistar seu primeiro título da NBA Finals desde que se mudou de Seattle. O jogo, que decidiu a série por 4-3, foi marcado por desempenho frio, defesa implacável e um golpe inesperado: Tyrese Haliburton, estrela dos Pacers, sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles no primeiro quarto, mudando completamente o rumo da partida. Para os torcedores de Oklahoma City, isso não foi apenas uma vitória — foi o fechamento de uma década de construção, paciência e promessa.
Uma noite de Shai Gilgeous-Alexander
Shai Gilgeous-Alexander, de 26 anos, não apenas liderou o time — ele o carregou. Com 29 pontos, 12 assistências e uma calma que parecia fora de época, o armador canadense-americano transformou cada momento crítico em oportunidade. Sua assistência número 11, um layup de Jaylin Williams com 1:47 no relógio, foi o golpe final. Nada de celebrar cedo, nada de relaxar. Ele sabia que o título não era garantido até o último segundo. Jalen Williams, de 23 anos, complementou com 20 pontos e quatro rebotes, enquanto Luguentz Dort, o defensor mais odiado da liga, anotou quatro roubos e inúmeras pressões que desestabilizaram o ataque dos Pacers.
A queda dos Pacers: quando o talento encontra o infortúnio
Os Pacers entraram no jogo com esperança. Bennedict Mathurin, o jovem armador haitiano-canadense, fez 24 pontos, mas foi a única luz no escuro. O que realmente os derrubou foi a ausência de Haliburton. O ala-armador, que liderava a equipe em assistências e ritmo, saiu da quadra aos 8 minutos do primeiro quarto, segurando a perna direita, o rosto contorcido em dor. Sem ele, o ataque dos Pacers perdeu o eixo. A equipe, que havia vencido o Game 6 com um ataque implacável, ficou perdida. Em 14 minutos sem Haliburton, anotaram apenas 12 pontos — e falharam em 8 de 10 tentativas de três pontos.
Um título que veio depois de 46 anos
Este foi o segundo título da franquia — mas o primeiro em Oklahoma City. O anterior veio em 1979, quando a equipe ainda era o Seattle SuperSonics. Desde que se mudou para Oklahoma em 2008, o Thunder viveu sob a sombra de promessas não cumpridas: o fim da era Durant, as derrotas para o Heat e o Warriors, as temporadas de reconstrução. Agora, com um time jovem, inteligente e coeso, o clube finalmente se tornou campeão. O recorde de 68 vitórias na temporada regular — apenas atrás dos Celtics (69-13) — foi mais do que um número. Foi uma declaração: este time não estava apenas no caminho. Ele era o caminho.
A estrutura por trás do sucesso
A vitória não veio por acaso. A propriedade do time, a Professional Basketball Club LLC, liderada por Clay Bennett, investiu pesado em desenvolvimento de jovens talentos, análise de dados e infraestrutura. O técnico Mark Daigneault, que assumiu em 2020, foi o arquiteto da cultura de defesa e disciplina tática. E a parceria com o YouTube TV — que patrocinou as finais — trouxe visibilidade global, mas também recursos para o desenvolvimento da base. Enquanto os Pacers, sob o comando de Herb Simon, enfrentam um dilema: manter a base jovem ou trocar por estrelas imediatas?
O que vem a seguir?
A comemoração oficial está marcada para terça-feira, 24 de junho, com um desfile pela downtown de Oklahoma City. Mas o verdadeiro desafio começa agora: manter a equipe unida. Gilgeous-Alexander pode assinar uma extensão de cinco anos nos próximos meses — e se ele ficar, o Thunder se torna favorito para 2026. Já os Pacers precisam de um plano de recuperação. Com Haliburton fora por 9 a 12 meses, o foco agora é o draft e a construção de uma nova identidade.
Por que isso importa?
Este título muda o mapa da NBA. Pela primeira vez desde 2015, uma cidade não tradicionalmente associada a grandes franquias — sem os grandes mercados de Nova York, Los Angeles ou Chicago — ergueu um troféu. Isso prova que, com gestão inteligente e paciência, até times de pequeno orçamento podem vencer. E para os jovens em Oklahoma City? Agora, eles têm um herói. Um que jogou na cidade, cresceu na cidade e finalmente a levou ao topo.
Frequently Asked Questions
Como foi o desempenho de Shai Gilgeous-Alexander nas finais?
Shai Gilgeous-Alexander foi o líder indiscutível da série, com média de 28,4 pontos, 8,1 assistências e 4,7 rebotes em sete jogos. No Game 7, ele registrou 29 pontos e 12 assistências, com apenas 2 turnovers. Foi o primeiro jogador da história do Thunder a ter uma linha de 25+ pontos e 10+ assistências em uma final de NBA.
Qual foi o impacto da lesão de Tyrese Haliburton?
A lesão no tendão de Aquiles de Haliburton foi decisiva. Ele estava com média de 23,6 pontos e 10,1 assistências na série. Sem ele, os Pacers caíram de 54% de aproveitamento de campo para 41% no segundo tempo do Game 7. A equipe perdeu seu criador de jogadas e líder emocional — algo que nenhum substituto conseguiu compensar.
O Oklahoma City Thunder já foi campeão antes?
Sim. A franquia venceu o título da NBA em 1979 como Seattle SuperSonics, com Dennis Johnson e Gus Williams. Após a mudança para Oklahoma City em 2008, o time chegou às finais em 2012, mas perdeu para o Miami Heat. O título de 2025 é o primeiro da era de Oklahoma City — e o segundo da história da franquia.
Quem são os principais jogadores do Thunder agora?
Além de Shai Gilgeous-Alexander, o núcleo é formado por Jalen Williams (20 pontos no Game 7), Chet Holmgren (14 pontos, 8 rebotes e 3 bloqueios na final), Luguentz Dort (defesa de elite) e Jaylin Williams (12 pontos no Game 7). Todos têm menos de 25 anos, o que torna o time uma das equipes mais jovens e promissoras da história recente da NBA.
Qual foi o maior desafio do Thunder na série?
Superar o equilíbrio da série. Depois de vencer 3 dos primeiros 5 jogos, o Thunder perdeu o Game 6 em casa por 108-91, o que gerou dúvidas. A pressão de jogar o Game 7 em casa, com o público exigindo um título, era imensa. Mas a equipe respondeu com a melhor defesa da temporada: 87 pontos permitidos, o menor total em uma final desde 2014.
O que a vitória significa para Oklahoma City como cidade?
É um marco histórico. Oklahoma City nunca tinha sido sede de um campeão da NBA. A vitória eleva o orgulho local, impulsiona o turismo e o comércio — e, mais importante, inspira jovens atletas em cidades menores a acreditarem que o título também pode ser deles. O desfile de terça-feira deve reunir mais de 150 mil pessoas, o maior evento da história da cidade.