Bahia perde 2 a 0 para América de Cali e sai da Sul-Americana

Bahia perde 2 a 0 para América de Cali e sai da Sul-Americana

Quando Jhon Murillo abriu o placar aos 28 minutos, o Esporte Clube Bahia já sentia o peso da viagem ao Estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, Colômbia. O Gabriel Raimondi, técnico do Tricolor, viu a equipe cair 2 a 0 diante do América de Cali na noite de 22 de outubro de 2025, encerrando a participação baiana na Copa Sul‑Americana 2025. O resultado acabou com a esperança de arrecadar os US$ 600 mil (cerca de R$ 3,4 milhões) de premiação previstas pela CONMEBOL e deixou o clube focado agora no Campeonato Brasileiro.

Contexto da competição

A Sul‑Americana de 2025 trouxe surpresas desde a fase de grupos. Enquanto o Bahia chegou como quinto maior arrecadador de prêmios do calendário, após R$ 25,7 milhões na Libertadores, o América de Cali consolidava um dos melhores históricos em casa – 9 vitórias, 6 empates e apenas 1 derrota em 16 jogos no seu estádio.

O duelo nas oitavas de final começou com o primeiro jogo na Arena Fonte Nova, em Salvador, no dia 15 de outubro. O Bahia​‑casa optou por uma escalação alternativa, mas conseguiu segurar o 0 a 0 graças a boas atuações defensivas, embora a posse de bola fosse menor que a do adversário.

O jogo de volta em Cali

Na terça‑feira, a partida foi marcada para 21h30 (horário local). A tensão era visível; José Cavadía cumpria suspensão do jogo de ida, e o técnico Gabriel Raimondi entrou em campo sem poder contar com Éverton Ribeiro, que estava suspenso, além de ter desfalques como Kanu, Erick e Fredi Lippert por lesão.

O primeiro gol veio após um rebote no gol de Marcos Felipe. Um recuo de Mingo foi afastado, mas o goleiro só conseguiu chutar a bola para longe, deixando a rede aberta. Murillo reagiu rápido, avançou entre a zaga e, de longe, acertou o chute que balançou as traves.

O segundo tempo não trouxe alívio. O América de Cali aumentou a pressão e, aos 63 minutos, encontrou mais um balançar de rede, ampliando para 2 a 0. O Bahia tentou reagir, mas registrou apenas duas finalizações ao longo de 90 minutos.

A arbitragem ficou a cargo do uruguaio Andrés Matonte, que revisou um possível pênalti no início da partida, mas manteve o lance como escanteio a favor do time baiano.

Desempenho do Bahia nas duas partidas

O conjunto tricolor chegou à fase de playoffs depois de terminar terceiro no Grupo F da Libertadores, acumulando uma sequência de seis jogos invictos antes da eliminação. No entanto, a falta de criatividade ofensiva ficou evidente: apenas duas finalizações ao todo no segundo jogo, comparado com nove no primeiro confronto em casa.

As estatísticas de posse mostram que o Bahia ficou com 44 % do tempo de bola em Cali, enquanto o América de Cali controlou 56 %. No ataque, o Tricolor só conseguiu 1 chute a gol, contra 5 do rival.

Além dos desfalques citados, William José viajou com a delegação, mas ficou como dúvida para a partida, o que acabou por limitar ainda mais as opções ofensivas do técnico.

Reações e consequências financeiras

Reações e consequências financeiras

Após o apito final, Gabriel Raimondi concedeu entrevista à TV local: "Não é o que a gente trabalhava, mas a competição é dura. Perdemos a chance de ganhar os US$ 600 mil, mas vamos focar no Brasileiro e corrigir os erros que fizemos em campo."

Do lado colombiano, o atacante Cristian Barrios — que saiu com dores no jogo de ida — permaneceu como dúvida, mas o time mostrou que tem profundidade no elenco para avançar às oitavas contra o Fluminense.

Financeiramente, a eliminação tem impacto direto. Até agora, o Bahia havia arrecadado R$ 2,7 milhões pela Sul‑Americana, somando a quase R$ 39 milhões em prêmios de competições internacionais. O adiamento de mais R$ 3,4 milhões de premiação deixa o clube em uma posição de "abismo financeiro" diante de rivais que ainda permanecem na competição.

Especialistas do mercado esportivo apontam que a perda pode influenciar as negociações de patrocínio e as metas de arrecadação para o fechamento do ano.

Próximos desafios no Campeonato Brasileiro

Com a eliminação definida, a atenção do Tricolor volta para o Brasileirão. No domingo, 27 de outubro, o Bahia recebe o Juventude na Arena Fonte Nova, às 18h30. O técnico Raimondi já avisou que o time entrará em campo com a mesma formação que sofreu em Cali, mas com ajustes táticos para melhorar a posse e criar mais oportunidades de gol.

O clássico também será decisivo para a luta por posições na tabela. O Bahia ocupa atualmente a 7ª colocação, com 34 pontos, enquanto o Juventude luta para sair da zona de risco. Um triunfo pode colocar o Tricolor de volta nas aspirações de classificação à Copa do Brasil.

Os torcedores, ainda abalados pela derrota internacional, esperam que a energia do estádio esteja ao máximo. "Precisamos do apoio da nação tricolor. Cada grito ajuda a levantar a moral da equipe", disse um torcedor presente na entrevista coletiva.

Perspectivas para a próxima temporada

Olhar para 2026 já começa a surgir nos corredores do clube. A diretoria acredita que a experiência na Sul‑Americana, mesmo com a eliminação precoce, servirá de base para montar um elenco mais competitivo. A renovação de contratos com alguns jogadores chave, como o atacante William José, está em pauta.

Além disso, a CONMEBOL anunciou mudanças nas premiações para a edição de 2026, prometendo maiores incentivos financeiros às equipes que alcançarem as fases avançadas. Para o Bahia, isso significa que o objetivo de voltar ao torneio continental será ainda mais lucrativo.

Frequently Asked Questions

Frequently Asked Questions

Como a eliminação afeta as finanças do Bahia?

A derrota impede que o clube receba os US$ 600 mil (R$ 3,4 milhões) de premiação da CONMEBOL, reduzindo seu faturamento internacional para cerca de R$ 39 milhões em 2025. Isso pode impactar a renovação de contratos e a negociação de novos patrocínios, que dependem dos recursos de competições continentais.

Quem foi o autor do primeiro gol de Cali?

O primeiro gol foi marcado por Jhon Murillo aos 28 minutos do primeiro tempo, após uma falha de reposição de bola do goleiro Marcos Felipe.

Quais são os próximos compromissos do Bahia no Brasileirão?

O próximo jogo será contra o Juventude, no domingo, 27 de outubro, às 18h30, na Arena Fonte Nova. A partida é crucial para a luta por posições de classificação à Copa do Brasil.

Como a arbitragem influenciou o resultado?

O árbitro uruguaio Andrés Matonte revisou um possível pênalti nos minutos iniciais, mas manteve o lance como escanteio. Não houve decisões controversas que alterassem diretamente o placar, mas a falta de pênaltis favoreceu o adversário.

Qual será o próximo adversário do América de Cali?

O América de Cali avança para as oitavas de final e enfrentará o Fluminense, que venceu a fase preliminar contra o Talleres de Córdoba.

Renato Calcagno
Renato Calcagno

Sou um jornalista especializado em notícias diárias, sempre buscando as histórias mais recentes e interessantes sobre o Brasil. Gosto de escrever sobre os eventos que impactam o dia a dia dos brasileiros. Minha paixão é informar e manter o público atualizado.

11 Comentários

  1. Leila Oliveira

    Mesmo com a derrota fora de casa, o Bahia ainda tem uma oportunidade de reverter a situação no Brasileirão. O apoio da torcida pode ser decisivo para levantar a moral da equipe e buscar os três pontos contra o Juventude. Vamos manter o otimismo e acreditar que o time vai aprender com os erros cometidos em Cali.

  2. Fernanda Bárbara

    Não é coincidência que o clube falhe quando o dinheiro está em jogo os diretores manipulam tudo por trás das cortinas e a torcida acha que é só o técnico que erra

  3. Leonardo Santos

    A derrota é como um espelho que reflete não só a fragilidade tática, mas também a própria condição existencial do clube diante de um mercado global que dita as regras. Quando nos deparamos com a realidade de um orçamento limitado, surge a oportunidade de questionar: será que o futebol ainda tem espaço para a verdadeira arte ou se transformou em mera mercadoria?

  4. Marcus Sohlberg

    Olha, se a gente começar a acreditar em teorias da conspiração agora, logo a gente vai achar que o aquecimento do planeta foi inventado por um patrocinador. O jogo acabou, o Bahia perdeu, mas a vida continua e tem coisa mais importante pra se preocupar.

  5. Samara Coutinho

    Ao refletir sobre a natureza da derrota, percebo que a interpretação filosófica do acontecido pode ser tão profunda quanto a análise tática. Enquanto alguns enxergam apenas números, outros veem a complexidade de escolhas estratégicas, a pressão psicológica sobre os atletas e a influência dos fatores externos que, muitas vezes, escapam à nossa compreensão. Não se trata apenas de um gol marcado, mas de um conjunto de variáveis que se entrelaçam como fios de um tecido delicado. Assim, é possível argumentar que cada partida é um microcosmo da sociedade, onde poder, identidade e esperança coexistem em um palco eletrizante. Essa perspectiva nos permite transcender a mera crítica esportiva e adentrar no campo da ontologia coletiva, onde o futebol serve como espelho da experiência humana.

  6. Arlindo Gouveia

    Caros torcedores, é importante analisar que a falta de criatividade ofensiva do Bahia não foi apenas questão de talento, mas também de estrutura de treinamento e de preparação física. Recomendo que a comissão técnica invista em sessões de posem de bola e em trabalhos de finalização nas próximas semanas. Dessa forma, o time terá mais opções para criar chances claras contra o Juventude.

  7. João Augusto de Andrade Neto

    A eliminação demonstra a fragilidade do clube diante de decisões arbitrárias e mostra que o Bahia precisava de um plano mais sólido. Não podemos aceitar desculpas; o time deve assumir responsabilidade total.

  8. Vitor von Silva

    Concordo plenamente, e ainda acrescento que a gestão dos recursos financeiros influencia diretamente na qualidade dos auxiliares técnicos. Se o clube quiser evoluir, precisa alocar parte dos R$ 39 milhões para melhorar a academia de base e contratar analistas de performance.

  9. Erisvaldo Pedrosa

    Enquanto alguns celebram a vitória do rival, poucos percebem que a estratégia do América de Cali foi construída sobre falhas latentes do próprio Bahia, que simplesmente se acomodou e entregou o jogo sem resistência.

  10. Marcelo Mares

    O desempenho do Bahia na partida de volta, embora desapontador, oferece lições valiosas para a direção e o elenco. Em primeiro lugar, a ausência de jogadores-chave como Everton Ribeiro afetou diretamente a fluidez do meio-campo, deixando o time sem a criatividade necessária para transitar da defesa ao ataque. Em segundo lugar, a posse de bola em apenas 44 % demonstra que a equipe não soube impor seu ritmo ao adversário, permitindo que o América de Cali controlasse as jogadas. Essa falta de controle territorial é sintoma de um preparo tático insuficiente, que deveria ser trabalhado nos treinos. Além disso, a finalização quase inexistente – apenas um chute a gol – indica que a eficiência nas oportunidades foi praticamente nula. Quando a defesa adversária pressiona, é essencial ter opções de finalização rápidas, algo que o Bahia não apresentou. Outro ponto crítico foi a escolha de começar a partida com uma postura demasiadamente defensiva, o que acabou encorajando o rival a assumir a iniciativa. Os jogadores pareciam hesitantes, como se esperassem o milagre de um golaço isolado. A confiança, evidentemente, foi abalada pelo resultado precoce do primeiro gol. Essa atmosfera de nervosismo prejudicou ainda mais a comunicação entre os setores da equipe. No aspecto físico, a fadiga acumulada das partidas recentes pode ter contribuído para a diminuição da intensidade nos últimos minutos. O treinador Gabriel Raimondi, ao comentar que "corrigirá os erros", precisa transformar essas palavras em ajustes concretos no esquema tático. A moral da equipe exige estímulo, mas também disciplina. Por fim, a próxima partida contra o Juventude será decisiva: se o Bahia aplicar as correções necessárias, ainda há esperança de reverter a situação e retornar à ordem no Brasileirão.

  11. luciano trapanese

    É hora de reunir a torcida, colocar a energia na arquibancada e fazer barulho contra o Juventude. Quando a gente canta alto, o time sente o apoio e se eleva. Vamos juntos transformar o próximo jogo em vitória.

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